O Brasil vive uma das maiores crises de sua história. O recente golpe desfechado contra o frágil governo de Dilma Rousseff deu início a um período de total devastação do nosso Estado Nacional, com a agenda política do rentismo (banqueiros) e do grande capital estrangeiro tomando a dianteira de toda e qualquer iniciativa no país. A demolição das empresas de capital nacional (fossem privadas ou estatais) por parte da Operação Lava-Jato, ora satélite do imperialismo, o ataque aos programas de distribuição de renda e às políticas públicas progressistas, o aniquilamento dos direitos trabalhistas, a virtual destruição da previdência social, a proliferação do desemprego e do caos social: todos esses são efeitos dessa catastrófica agenda antinacional e impopular hoje aplicada por Michel Temer, mas defendida não apenas pelos seus aliados de primeira ordem, como também pelo principal núcleo de oposição ao seu governo, hoje agrupado no entorno da Rede Globo e de importantes setores do capital estrangeiro, interessados na manutenção da Operação Lava-Jato (responsável por dinamitar a economia do país) e em aprovar as reformas contra o Brasil.
O que está em jogo não é apenas a estabilidade democrática do país, mas, principalmente, a soberania nacional, tendo em vista que hoje somos dirigidos por grupos políticos que autorizam até mesmo experimentos militares estadunidenses no território amazônico. O caos social, decorrente dessa agenda retrógrada, é flagrante, com a fome, a miséria, a alta taxa de desemprego, e o crime organizado (e também o “desorganizado”) proliferando-se do Acre ao Rio Grande do Sul, cobrindo todas as extremidades de nosso território. Além disso, há um robusto ataque aos programas sociais recentemente conquistados e aos direitos históricos do povo trabalhador, consolidados com muito suor e luta, e que hoje aparecem como simples obstáculos a serem eliminados, com facilidade, pela agenda antinacional e impopular, a agenda golpista.
Nós, da Ação Libertadora Estudantil, somos herdeiros de um movimento estudantil que não fugiu da luta quando os adeptos do nazi-fascismo tomavam as ruas de nossas grandes capitais, tomando a frente na pressão para que nossos governantes declarassem guerra ao Eixo nazista nos anos 40, levando o Brasil à vitória na Segunda Guerra Mundial; que não se ausentou quando foi necessário fazer uma campanha nacional em defesa de nossas riquezas naturais, bancando a Petrobrás com nossas palavras de ordem, afinal “o Petróleo é nosso”; que foi clandestino, durante a Ditadura Militar, lutando para reconquistar os direitos políticos de nosso povo; que não abaixou a cabeça para as reformas neoliberais e privatizações que destroçavam nossa Pátria nos anos 90 de Governo FHC (Fernando Henrique Cardoso); que foi protagonista da ampliação dos direitos sociais e do freio a uma parcela importante das políticas neoliberais no alvorecer do século XXI; e não será logo agora, que os canalhas vende-pátria se aglutinam para liquidar o conjunto das conquistas do povo brasileiro, que deixaremos de lutar.
O Brasil, mais do que nunca, precisa de uma alternativa capaz de nos colocar, novamente, na rota do desenvolvimento econômico e da ampliação de direitos sociais. O esgotamento do lulismo, com a onda anti-petista dando gás aos movimentos antinacionais, e a incapacidade de apresentarmos hoje uma saída que vá para além das urnas, nos obriga a tomar lado, a tomar partido e fortalecer uma Frente Ampla em defesa do Brasil e do nosso Povo. Devemos dividir nossos inimigos e isolar aqueles que têm, como principal eixo de seu programa, a destruição da Nação, não apenas dos direitos sociais, mas do conjunto dos elementos que compõem a soberania de nosso país.
Diante do quadro da crise brasileira, é com muita coragem que a Ação Libertadora Estudantil declara que apoiará a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República em 2018, pois estamos cientes de que seu nome é o único capaz de, hoje, capitanear a construção de uma Frente Ampla, congregando os setores afins a uma política de desenvolvimento nacional, com afirmação de nossa soberania, de nosso povo e de nossos direitos, norteando o caminho rumo a um Brasil mais justo. Afirmar o apoio à Ciro desde já é ao mesmo tempo combater as tentativas reacionárias de descumprimento do calendário eleitoral previsto na Constituição Federal, é, portanto, lutar em defesa da Constituição! Queremos votar para Presidente em 2018!
O movimento estudantil nunca faltou ao Brasil, e é por isso que a Ação Libertadora Estudantil tomará a frente das construções dos Comitês Estudantis de sustentação do Projeto Nacional-Popular, alavancando o projeto de Frente Ampla da Brava Gente Brasileira.
No exercício da unidade e da amplitude, a Ação Libertadora Estudantil dialoga abertamente com a Organização A Marighella – Construção do Partido Revolucionário -, que tem orientação para sua Juventude Popular Brasileira (JPB) construir e impulsionar nosso movimento, e que também apóia a candidatura de Ciro Gomes. Da mesma forma, a Ação Libertadora Estudantil não faltará ao diálogo com os e as jovens estudantes do PDT (Partido Democrático Trabalhista), ora legenda do companheiro Ciro Gomes. Em poucas palavras, a Ação Libertadora Estudantil está ingressando em uma nova fase, tudo em conformidade plena com a proposta de movimento de massas.
A Revolução é o único caminho para a libertação do povo brasileiro. Porém, reconhecer a etapa atual da luta revolucionária, sabendo acumular forças, em tempo de derrotas, é, sem dúvida nenhuma, uma ação revolucionária. Em cada escola, em cada universidade, a guerrilha estudantil promovida pela ALE está disposta a lutar, resistir e vencer pelo Brasil e por seu povo! Servir ao povo de todo coração, eis um lema nosso.
BRASIL, PRA FRENTE! CIRO GOMES PRESIDENTE!
POR UM PROJETO NACIONAL E POPULAR: O BRASIL QUE A GENTE PRECISA!
CRIAR OS COMITÊS ESTUDANTIS DE APOIO AO TIMONEIRO DA SALVAÇÃO DA PÁTRIA: CIRO GOMES VEM AÍ!
Brasil, 15 de agosto de 2017.
Coordenação Nacional da Ação Libertadora Estudantil