A universidade sempre foi lugar de rico no Brasil. Tanto as universidades privadas quanto as públicas eram locais destinados aos filhos das elites dominantes. Com imensa raridade, um filho da classe trabalhadora passava no vestibular e terminava a faculdade. Essa foi a regra até 2003, quando depois de muita luta, depois de muito estudante torturado e brutalmente assassinado no combate contra a ditadura militar, iniciou-se finalmente um processo de democratização do ensino superior.
A expansão da universidade pública, o aumento das vagas, a ampliação dos cursos superiores, a diminuição do poderio excludente dos difíceis vestibulares frente ao ENEM (que era mais fácil quando surgiu), a garantia da reserva de vagas às cotas sociais e étnico-raciais, o ProUni, o FIES, e todas as demais políticas públicas que facilitaram o acesso dos e das estudantes mais pobres, filhos e filhas da classe trabalhadora, ao ensino superior foram elementos fundamentais da democratização universitária.
Mas o que faltou foi a assistência estudantil para que o/a estudante terminasse a faculdade. De qualquer forma, os avanços da democratização são inegáveis. E hoje, depois do Golpe de 2016, todos esses avanços correm risco de extinção, pois assim como foi na ditadura militar, que teve o maldito acordo MEC-USAID, no qual o imperialismo norte-americano impôs uma educação submissa ao Brasil, algo com tristes impactos até hoje, agora novamente está em curso um enorme retrocesso no ensino superior! É o golpe na educação!
Nós lutamos pela universidade necessária ao Brasil e seu povo rumo à universidade popular! Lutamos pela democratização do acesso ao ensino superior, e também pela popularização da universidade com uma forte assistência estudantil! Nós queremos uma universidade com a cara da Brava Gente Brasileira!