ALE: Mulheres Estudantes em defesa do Brasil e em defesa do povo!

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As mulheres estudantes da Ação Libertadora Estudantil (ALE), movimento que luta pela educação necessária rumo à educação popular, e as Guerrilheiras – setorial de mulheres da Organização A Marighella – Construção do Partido Revolucionário -, estiveram presentes no 8º EME (Encontro de Mulheres Estudantes), então promovido pela UNE (União Nacional dos Estudantes). O evento ocorreu durante o feriado de páscoa.

Mesmo com atraso, deixamos aqui o registro de colaboração das mulheres da ALE e das Guerrilheiras aos debates da conjuntura nacional e internacional. Esta colaboração foi pontuada diante da carta das mulheres que foi aprovada no final do encontro.

Nós, mulheres estudantes, militantes da Ação Libertadora Estudantil (ALE), temos uma grande tarefa atual: combater todo o machismo, todo o patriarcado, todo o capitalismo, toda a ignorância, todo o golpismo, sem cair no sectarismo, no ultra-identitarismo, e no pós-modernismo! Nossa tarefa é filiar mais e mais mulheres na luta pela educação que o Brasil precisa!

Vida longa ao nosso movimento Ação Libertadora Estudantil! Viva o Feminismo Popular Brasileiro!

Marighella e Zilda Xavier Pereira vivem!

 

MULHERES EM LUTA: EM DEFESA DO BRASIL, EM DEFESA DO POVO, E PELO PROJETO NACIONAL E POPULAR!

         A pior e mais profunda crise brasileira, marcada pelo golpe de 2016, tem desmantelado as mais importantes conquistas da classe trabalhadora, tem sufocado as mínimas liberdades democráticas de nosso povo, tem rebaixado o Brasil no cenário geopolítico internacional, entregando nossas riquezas e rasgando a soberania nacional. Inevitavelmente, dessa forma, sofrem as mulheres trabalhadoras da nação. Afinal, o machismo e a misoginia, elementos do patriarcado superestrutural, ficam imensamente mais potencializados pelo capitalismo em tempos de golpe reacionário de estado. É o imperialismo norte-americano atacando a Pátria Brasileira! É o neoliberalismo destruindo o nosso povo, vendendo a nação, e comercializando a nós, mulheres! 

         Diante da atual conjuntura, não restam dúvidas acerca da vulnerabilidade das mulheres diante das reformas impopulares do governo golpista de Michel Temer. Quando rasgam as leis trabalhistas, rasgam nossos direitos, enquanto mulheres e mães, que tanto batalhamos para entrar no mundo do trabalho. A lei assegurava que a mulher grávida não trabalhasse em locais insalubres, e agora só mediante atestado médico ela poderá ser liberada. Se antes a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) garantia o afastamento de grávidas das atividades ou locais insalubres, agora, a mulher só será afastada da função se levar um atestado médico explicando a necessidade. Não bastasse a terceirização do trabalho, que nos coloca em situação de vulnerabilidade para buscar ou se manter nos empregos formais, teremos também essas abruptas mudanças na CLT. E claro, tudo isso, sem a tão desejada igualdade salarial entre homens e mulheres. É por isso que a força das trabalhadoras e dos trabalhadores já demonstrada na derrota da reforma da previdência, que visava acabar com o direito à aposentadoria, precisa ser renovada agora pela revogação da reforma trabalhista!

         Não diferente é a indispensabilidade da luta pela retomada dos investimentos sociais. O congelamento dos gastos com saúde, educação, e demais áreas sociais, que impede por exemplo a concretização da nossa luta por creches universitárias e por mais creches comunitárias a serviço das mães trabalhadoras, somente interessa aos banqueiros (burguesia rentista), que seguem a lucrar com a alta taxa de juros e com o desemprego em massa. È o exército de reserva a fomentar uma mão de obra barata e terceirizada! 

         Para além das questões estruturais, raízes exploratórias de todos os males opressores, o cotidiano da mulher segue marcado pela agonia dos constantes casos de assédio sexual, de racismo contra as mulheres negras, de LBTfobia, de violência e de estupro, sejam nas ruas, sejam nos ambientes de estudo e de trabalho, sejam até mesmo em casa. Por outro lado, todo dia mais e mais meninas se engajam na luta pelas pautas feministas. A tomada da consciência de gênero tem sido um portal de esperança por um futuro de equidade entre homens e mulheres e de plena justiça social. De qualquer modo, é preciso ir além, que da consciência de gênero se abra para a tomada de consciência de classe e para a tomada de consciência revolucionária!

         A recente intervenção federal de caráter militar, ou simplesmente intervenção militar, no estado do Rio de Janeiro, é a comprovação cristalina de que o golpismo tende a apertar ainda mais o cerco contra as forças vivas do campo progressista. Não por acaso, perdemos a companheira Marielle Franco e o companheiro Anderson Gomes. A brutal execução deles é o símbolo da virada mais reacionária do golpe iniciado com o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff. O próximo passo é uma possível suspensão das eleições burguesas deste ano, o que garantiria a total estabilidade para os ganhos econômicos dos ricos  e dos poderosos financiadores do golpe.

         Diante dessa ameaça fascista, elaborar uma frente ampla em defesa do Brasil e do povo, combater pela realização das eleições livres e diretas neste ano, defender a Constituição Federal de 1988, a Constituição Cidadã do Estado Democrático de Direito, são tarefas urgentes. Igualmente, temos lado: sem sectarismo e sem identitarismo, é preciso compreender a indispensabilidade do projeto nacional e popular, um projeto fincado num programa nacional de desenvolvimento econômico e de ampliação de direitos sociais, com a retomada da industrialização e de grandes ofertas de emprego, com a retomada de tudo que está sendo entregue pelo golpismo, com a revogação de todas as reformas neoliberais, com a redução da taxa de juros, e com outras medidas cruciais ao povo, bandeiras, enfim, lideradas hoje por Ciro Gomes, única candidatura viável do campo progressista tendo em vista a criminalização injusta do ex-presidente Lula.

         Por tudo isso, retomando as origens operárias e comunistas da luta feminista, as GUERRILHEIRAS – Setorial de Mulheres da Organização A Marighella – Construção do Partido Revolucionário -, e as mulheres estudantes da Ação Libertadora Estudantil. movimento que luta pela educação necessária rumo à educação popular, conjuntamente afirmam que a mulher brasileira nunca fugiu, não foge, nem jamais fugirá da luta em defesa do Brasil, em defesa do povo, e pelo projeto nacional e popular! Somos herdeiras de Zilda Xavier Pereira, matriarca da gloriosa Ação Libertadora Nacional! Somos soldadas da Revolução! O feminismo popular brasileiro é o feminismo revolucionário, é um fator indispensável do Socialismo Popular Brasileiro!

         Pela revogação da reforma trabalhista! Mulheres pela aposentadoria: Contra a Reforma da previdência! 

         Mulheres pela segurança do povo: Contra a intervenção militar no Rio de Janeiro! Marielle e Anderson, presentes!

         Mulheres em defesa do Brasil: Fora Temer! Defender a Constituição! Garantir as eleições livres e diretas neste ano! Amplitude e unidade pelo projeto nacional e popular! Ciro Gomes vem aí!

         Mulheres pela paz mundial: Contra os ataques do imperialismo na Coreia Popular, na Síria, na Venezuela, na Palestina, e em diversos lugares de povos em luta no mundo!

         Sou feminista, sou Guerrilheira, sou a mulher da brava gente brasileira!

 

Toda a mulher na Revolução!

A mulher brasileira tem um papel de decisiva importância na revolução, particularmente na guerra revolucionária do povo contra o imperialismo dos Estados Unidos e cuja expressão mais genuína é a guerrilha.

Os direitos sociais que a mulher mais necessita conquistar só se tornarão realidade plena com a mudança da estrutura econômica do país e a vitória da revolução. A participação da mulher no movimento revolucionário, desde o primeiro momento, constitui assim uma garantia do êxito futuro e uma arma terrível contra o conservadorismo e a vacilação. Na luta revolucionária não há homem que queira retroceder se na vanguarda encontra a mulher combatendo.

Incorporando-se à revolução e à luta guerrilheira, aprendendo a disparar e adestrando-se na tarefas de primeira linha, transportando tudo o que for necessário e emprestando sua [imensa] capacidade de trabalho e poder de iniciativa e imaginação para desenvolver o apoio logístico, a mulher brasileira representa elemento precioso na construção da vitória da causa de nossa libertação. Cabe à mulher organizar-se em grupos revolucionários e participar de todas as tarefas exigidas pelas circunstâncias e as necessidades da luta do povo brasileiro.

Rádio Libertadora. Comandante Carlos Marighella, camarada de armas e companheiro de vida de Zilda Xavier Pereira na Ação Libertadora Nacional (ALN)

 

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