Entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro, Goiânia, capital do estado de Goiás, viveu dias memoráveis. Foi o 42° Congresso da UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), o CONUBES, um espaço privilegiado de encontro para debate e deliberação sobre os rumos do movimento secundarista. E o movimento Ação Libertadora Estudantil (ALE) se fez presente mais uma vez. É o segundo CONUBES que a ALE participa.
Dessa vez, a ALE realizou uma mobilização muito maior. Sob a convocação “verás que um filho teu não foge à luta”, o movimento ALE elegeu mais de 300 delegados e delegadas nas escolas brasileiras durante o processo eleitoral do congresso. No entanto, ainda que a tese da ALE fosse convidativa aos estudantes de luta, o movimento sofreu enorme dificuldade para viabilizar questões estruturais de sua intervenção no congresso. Desde a locação de ônibus (transporte de delegados de suas cidades até o congresso) até o pagamento da inscrição de delegados, tudo foi conseguido com grandes dificuldades, e sempre com número reduzido do que fora previsto inicialmente.
Assim, com muita superação, a ALE avançou no 42° Congresso da UBES, conseguindo um resultado que manteve o tamanho da ALE na gestão da entidade, derrotando para tanto todas as dificuldades acumuladas durante o processo desse CONUBES. Com a certeza da unidade e da amplitude, a ALE marcou presença na chapa do campo dirigente da UBES, esvaziando os pensamentos esquerdistas, divisionistas e sectários sobre a entidade. A crítica aos erros da gestão anterior, bem como à própria condução da UBES há muito pela mesma força política, são análises muito menores, muito menos importantes, do que o drama vivenciado pelo Brasil do golpe. E a saída para lutar, resistir e vencer o golpismo é justamente ampliar com unidade programática, e radicalizar contra os inimigos da pátria e do povo, superando todos os obstáculos para manter bem no alto a bandeira da educação necessária rumo à educação popular.
A nova gestão da UBES terá como tarefas centrais: a luta contra a reforma do ensino médio; a luta contra o sucateamento da educação pública; a luta em defesa do ensino técnico; a luta pela soberania nacional contra a entrega de nossas riquezas; a luta contra a redução da maioridade penal, contra a reforma trabalhista, contra a reforma da previdência; enfim, a luta em defesa do Brasil contra o governo Temer e seus candidatos à sucessores eventuais de mesma linha entreguista neoliberal!
De qualquer maneira, a Ação Libertadora Estudantil superou todas as adversidades e avançou no 42° Congresso da UBES: verás que um filho teu não foge à luta!
Na faculdade, na escola, guerrilha no Brasil, aqui está a Ação Libertadora Estudantil!